sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Machado cede diante Aldin Setkic e bósnios empatam a eliminatória




Taça Davis 2010


Rui Machado admitiu falta de um «fio de jogo»

Rui Machado admitiu que não encontrou "um fio de jogo" para se impor ao bósnio Aldin Setkic, no segundo encontro de singulares do confronto entre Portugal e a Bósnia e Herzegovina, da terceira e última eliminatória do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis by BNP Paribas, no Jamor até domingo.

Machado (124.º ATP), que cedeu pelos parciais de 6-4, 6-3, 1-6 e 6-1, manifestou alguma desilusão por não ter superado Aldin Setkic (330.º), um tenista que "joga melhor sempre quando enfrenta jogadores de 'ranking' superior”.

“Ele jogou muito bem e eu não estive no meu melhor. Não comecei bem e o nível estava elevado”, justificou Rui Machado, após o encontro de duas horas e 46 minutos de duração.

"Deixei-me levar e quando dei por mim estava a perder, devido a muito erros que fiz. Tacticamente, não encontrei um fio de jogo e, curiosamente, as condições do 'court' não estavam muito favoráveis em termos de luz e humidade”, disse, acrescentando que se sentiu "bem a semana toda", mas observou que "a maneira de jogar de Setkic" o deixou "confuso tacticamente"

"Por isso, perdi muitas soluções”, continuou o número dois português, confidenciando: “Não vou negar que me senti ansioso horas antes do encontro e não sei se teria dado melhor do que aquilo que joguei. No contra-ataque, a bola para o lado era difícil porque ele corria bem e para cima não estou habituado. Queria subir à rede, mas nunca tive muitas oportunidades. Ele estava-me a limitar e estava-me a fechar a porta”.

Por seu turno, Setkic esteve muito confiante no court não acusando nenhuma pressão: “Jogo sempre melhor quando tenho pela frente um adversário com melhor ranking. Não conhecia o jogo do Machado. Não foi fácil mas consegui estar concentrado e ir fazendo pontos. Ele era favorito, tem melhor ranking que eu. Nunca tinha jogado a Taça Davis, o piso do campo estava lento mas correu bem.”

Confiante na selecção portuguesa, o "capitão" português, Pedro Cordeiro, mantém o optimismo, apesar de a vantagem por 1-0 ter sido desfeita após o triunfo de Gil sobre Delic.

“Cabelos brancos fazem parte da competição. O campo estava um pouco lento, eu já tinha alertado os jogadores. A obrigação de ganhar é nossa porque jogamos e temos melhor 'ranking' mundial. No jogo de amanhã [sábado] em pares, o Gil e Leonardo já jogaram juntos várias vezes e já tiveram bons resultados, enquanto eles nunca jogaram juntos. Eu penso que o mais importante é a resposta, e quem conseguir responder vai ganhar", acrescentou.

O responsável pela equipa da Bósnia e Herzegovina, Daver Vranic, salientou a importância de jogarem sem pressão.

“Viemos muito descontraídos, sem nenhuma pressão, com o objectivo de fazer o nosso melhor. Portugal é, sem dúvida, o favorito, com jogadores com melhores 'rankings' e a fazer todo o circuito. Estamos satisfeitos com os resultados de hoje. Esta vitória deixa tudo em aberto, estamos empatados. Os nossos jogadores, independentemente do resultado, fizeram bons jogos", afirmou

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